Museu da Imagem e do Som será lançado em Copacabana
segunda-feira, 9 de abril de 2012Em um ano e meio, conforme previsão do governo do estado, o Rio ganhará seu museu mais moderno, com potencial para se tornar o de maior visitação do país. Voltado ao passado desde a fundação, em 1965, e abrigado por dois casarões no Centro, o Museu da Imagem e do Som, que sairá de trás dos tapumes da Praia de Copacabana, mira nos jovens, tendo como chamariz a história da produção cultural da cidade, do choro ao funk, do rádio ao cinema.
Dono do maior banco de dados da música brasileira do país, com 80 mil discos, e 60 mil partituras e mais de 40 mil fotografias, o MIS é frequentado só por pesquisadores. São 700 por ano. Em Copacabana, e num impactante prédio de quatro andares, com teatro, terraço com cinema ao ar livre e espaços expositivos, espera-se que atraia cerca de 600 mil visitantes por ano.
Uma sala de visitação será aberta no canteiro de obras para dar um aperitivo de como será o museu. A intenção é que a construção, assinada pelo escritório nova-iorquino Diller Scofidio Renfro, seja um marco arquitetônico do Rio da Copa e da Olimpíada. “Um museu tem que guardar, preservar e divulgar, mas não podíamos mostrar o acervo por falta de espaço físico”, conta a presidente do MIS, Rosa Maria Araújo.
Pelo projeto, o visitante vai passear pelas fotografias panorâmicas de Augusto Malta, do início do século 20, mergulhar na alegria do carnaval, passar pelos momentos de rebeldia política, ouvir samba, bossa nova e todos os ritmos da cidade. Carmen Miranda, da Lapa a Hollywood, é o destaque do andar que mostra os “alegres trópicos”.
A cargo da museografia, a dupla Daniela Thomas e Felipe Tassara, a mesma do Museu do Futebol, no bairro de Higienópolis, em São Paulo, pensou na “tecnologia a serviço do conteúdo”, sem exibicionismo. Tablets, projeções, painéis de LED e outros recursos darão acesso a preciosidades que só o MIS tem, como Ismael Silva falando da criação da primeira escola de samba, a Deixa Falar, e capítulos da novela radiofônica O direito de nascer.
A preparação do terreno começou há dois anos. A obra está orçada em R$ 88 milhões – mais R$ 37 milhões da museografia. O MIS sairá, no mínimo, R$ 36 milhões mais caro do que o previsto em 2009. A área construída aumentou e também os gastos com a desapropriação e a mão de obra.
Fonte: Portal Divirta-Se