O movimento Rio de Paz fez, na tarde deste domingo, uma manifestação na Praia de Copacabana para denunciar o problema do crack nas favelas da cidade.O fundador da ONG, Antonio Carlos Costa, esteve no Jacarezinho, onde a venda da droga foi proibida por traficantes na semana passada, e conversou com usuários.

Muitos admitiram que vão migrar para comunidades de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para tentar manter o vício. “Eles ainda procuram a comunidade, ficam andando de um lado para o outro. Conversei com um estudante de uma faculdade particular que me disse que não sabe agora o que vai fazer, já que era ali que ele adquiria o crack. Um outro senhor, com um português impecável, conversou comigo uns 40 minutos e também relatou seu drama de viciado”, contou Costa.

A ONG fixou uma faixa em frente à rua Princesa Isabel. Nela, está foi escrito “SOS migrante do crack: quem o acolherá?”. Segundo Costa, é importante que o governo tome uma iniciativa emergencial para acompanhar a migração desses usuários da droga.

“Estamos falando de um número de 700 pessoas que ficavam num paredão se drogando. Muitos vão ficar perambulando pela cidade, outros terão crise de abstinência e alguns poucos vão conseguir voltar para casa. O Estado tem que resgatar essas pessoas e colocá-las numa clínica de tratamento”, disse o fundador do movimento Rio de Paz.

Fonte: O Dia