Parada Gay em Copacabana reúne 1 milhão de pessoas
quarta-feira, 21 de novembro de 2012Embalada por 15 trios elétricos, uma multidão coloriu, na tarde deste domingo, a orla de Copacabana com as cores do arco-íris para celebrar a 17ª Parada do Orgulho LGBT. Com o lema ‘Coração não tem preconceitos. Tem amor’, um milhão de pessoas, entre gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e simpatizantes da causa, desfilaram pela Avenida Atlântica, do Posto 6 à Praça do Lido, para exigir igualdade de direitos e o fim do preconceito contra os casais homossexuais.
“A maior parte do ano a população LGBT vive dentro do armário, escondida, alijada de muitos direitos”, disse o presidente da ONG, Julio Moreira. “Esse é o momento de falar, sim, existimos. Mesmo dançando, em festa, esse é um ato político”, reforçou.
Cantando o Hino Nacional, a travesti Jane Di Castro abriu oficialmente o evento, comandado pelo Grupo Arco-Íris e Instituto Arco-Íris, com o apoio da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos. O presidente do Grupo Arco-Íris, Júlio Moreira, promoveu um beijaço. “Vamos brincar e dar beijo na boca. Mas não vamos nos esquecer que coração não tem preconceito”, disse ele, lembrando os 266 homossexuais assassinados só no ano passado em todo o país.
Mães de homossexuais vieram na frente do desfile. “Tenho um filho que é gay. Aprendi a respeitar o outro”, disse a vendedora Verônica dos Reis Campos, 36 anos, moradora do bairro de Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. As fantasias divertiram os banhistas. Teve de tudo: Zé Carioca, Carmem Miranda, Hebe Camargo, Rainha do Silicone e até quem preferiu vir só com o corpo pintado.
Mascarados ou de cara limpa, participantes carregaram a bandeira gigante do movimento gay que não resistiu e rasgou no desfile. A festa foi até as 21h, mas durante todo o dia, 100 mil pessoas foram atendidas em 11 tendas na orla, para obter serviços, como retirar Carteira de Trabalho ou tomar vacina contra hepatite B.
Desfile com choque de ordem
A praia mais famosa do mundo foi palco para anônimos e ativistas chamarem a atenção para a causa gay. Mulheres do grupo Femen Brazil pintaram os seios de verde e amarelo para protestar contra a homofobia. Fantasiados de Carmem Miranda e Zé Carioca, Kátya Furacão e Jourbert Moreno também defenderam a união civil entre homossexuais.
Durante o evento, foram distribuídas cerca de 300 mil camisinhas e recolhidas 2 mil assinaturas para o Estatuto da Diversidade Sexual. Quem tentou faturar com a festa e não tinha autorização da prefeitura do Rio de Janeiro ficou no prejuízo. Agentes da Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop), com apoio da Guarda Municipal, recolheram 1.976 bebidas, multaram 461 veículos e rebocaram outros 44 por estacionamento irregular.
“Mostramos que é possível fazer mobilizações sem comprometer o ordenamento do espaço público”, disse o secretário de Ordem Pública, Alex Costa, sem, no entanto, conter a enorme quantidade de lixo que tomou conta da pista logo após o desfile. Cerca de 100 garis seguiam a multidão limpando a sujeira deixada para trás.
Fonte: O Dia On Line
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